Café, brioche, amigos e filosofia

Para encerrar a programação 2014, o Café & Brioche com Sabor de saber recebeu o prof. Dr. Neil Paiva Tizzo que causou muita reflexão com o tema "Os avanços científicos e tecnológicos -qual é o limite?"

pImagine a vida há vinte anos. Como fomos capazes de viver sem internet, celulares, cartões de débito...? Imaginem a vida daqui dez anos: como será? Difícil dizer, não é? Pois é assim: a simples existência do homem e sua incrível capacidade racional de criar e produzir bens que atendam suas necessidades -ou de criar novas necessidades- é o bastante para que não tenhamos a menor ideia de como seremos ou viveremos nos próximos vinte, cinquenta, cem anos.

É fantástica a habilidade humana de desenvolver tecnologias para trazer melhor qualidade de vida àqueles que por algum motivo tenham perdido movimentos, visão, audição. Tecnologia que permite ao homem ir e vir de viagens ao redor do mundo e ao centro do universo (se é que existe um)  sem sair da cadeira de sua escrivaninha, em frente de um computador. O mundo ficou pequeno, o tempo tem outra dimensão. As pessoas estão tão mais próximas e tão mais distantes. Como diz uma mensagem que corre as redes sociais, "telefonar em tempo de WhatsApp é prova de amor". 

"A day made of glass" - parte das cenas deste vídeo já são realidade.

O paradoxo é pensar (e porque não ousar, afirmar?) que grande parte da população existente no mundo sequer chegará perto de toda essa tecnologia? E quem sabe não serão eles os felizardos do futuro que perguntarão ao primeiro transeunte que encontrarem quando houver dúvidas sobre o caminho a seguir, e com isso manter a tradição de que homens também falam entre si ao vivo e em cores, se olham,sorriem, sentem o cheiro uns dos outros? Ou seremos nós os felizardos que podemos usufruir ao menos uma parte de todo esse arsenal da comunicação e informação, mas com equilíbrio e reflexão para garantir os encontros, os cafés, os brioches e os amigos ao nosso lado?

O Café & Brioche com Sabor de Saber volta em março de 2015. Até lá!

Com carinho, 

Angela Caruso