Independente da decoração, percebo que o Natal está chegando quando entro num hortifrúti e sinto o perfume dos pêssegos e nectarinas, e quando vejo aquelas paredes de panetones formadas na entrada dos supermercados. Na verdade, nunca fui muito fã de panetone, mas meu marido é um 'aficcionado' por esse pão doce italiano. Então, para presenteá-lo, resolvi investir num curso de panetone usando fermentação natural. Investir aqui tem um sentido muito amplo. Envolve a compra do curso, de materiais, ingredientes e utensílios, bem como na organização do tempo, pois são dois dias de preparo, desde o fermento até o forneamento. Mas, vale muito a pena.
Este post não tem o propósito de ensinar a fazer panetone, mesmo porque não me sinto apta para tanto, mas de mostrar que 'comidinhas' feitas em casa tem sabor muito melhor, pois além dos ingredientes naturais, tem uma dose de carinho em cada grama de ingredientes pesado e durante todo o preparo. Lembram do filme mexicano Como Água Para Chocolate? Mais ou menos isso!
O Panetone, tão consumido na época do Natal, nasceu em Milão, na Itália. Sobre sua origem, conta-se algumas lendas. A que mais gostei é a história que se passa durante o reinado de Ludovico Sforzade. Um padeiro cujo nome era Toni, na intensão de impressionar o pai de sua amada , que também era seu patrão, inventou um pão doce que ficou conhecido por Pan di Toni - que virou panatton em milanês e panettone em italiano.
Minha primeira experiência em preparar a iguaria foi uma verdadeira saga. Foram vários os obstáculos a serem vencidos. A receita não é complicada, nada disso. Tudo uma questão de planejamento, que inclui organização de tempo , espaço e ingredientes.
Para inicio de conversa, não encontrei todos os ingredientes na cidade onde moro, precisando buscá-los em São Paulo. Depois, fiz um planejamento inicial que precisou ser alterado imediatamente, porque eu não prestei atenção à aula e nem li direito a apostila quanto ao preparo do fermento - eu achava que já sabia tudo o que tinha que ser feito com o fermento, afinal já sei fazer pão desde maio quando participei do curso de fermentação natural - ledo engano! Quando o assunto é panetone, o fermento recebe um tratamento especial ao longo de um dia, antes de ser misturado aos ingredientes para a primeira fermentação. E ainda, ficamos sem energia elétrica na hora de ligar a batedeira para a segunda fase do preparo. No entanto, vencido os obstáculos, finalizar foi como ganhar um OSCAR.
O resultado foi um panetone deliciosamente macio e naturalmente perfumado -sem adição de conservantes e/ou essências industrializadas com aroma de panetone- aprovado por todos, em especial pelo marido e pela Mamma, tão crítica quando o assunto é culinária.
Panetone embalado e batizado |
Convido a todos para aprender, ou aperfeiçoar suas habilidades com o 'Pan di Toni ', acessando o curso produzido pelo Amo Pão Caseiro, com a tutoria de Vivi Lavratti e Adriano Ribeiro. O curso é on line, e você pode assistir quantas vezes tiver necessidade. Os vídeos estão bem produzidos e os tutores muito didáticos, não tem erro! Mas, se houver qualquer necessidade, a tutoria é muito atenciosa, resolvendo os problemas e dificuldades dos alunos quase just in time. E mais, para aqueles cujo interesse é em comercializar , eles ainda fornecem todas as instruções de como fazer as vendas.
Vivi Lavratti e Adriano Ribeiro |
Esta é a época de trocamos presentes e por que não fazê-lo com guloseimas preparadas em nossas próprias cozinhas? Certamente é um presente de valor imensurável. Pode não durar o ano inteiro, mas estarão vivos nas memórias afetivo-gustativas para sempre.
Ao menos, coloque esse novo desafio em sua vida para 2018!
Pense nisso!
Fiquei tão feliz com o resultado do meu panetone, que depois dessa maratona, acho que seriei capaz de fazer qualquer coisa que me apareça, desde que eu queira fazer. Mesmo sem precisar, certamente aumentou alguns pontos na minha auto estima (rsrs)
GUIA:
- Amo Pão Caseiro - http://amopaocaseiro.com.br/
- Filme: Como Água para Chocolate
México- abril de 1992
Direção: Alfonso Arau
Premio Ariel de Melhor Diretor
Angela Caruso
Muito bacana...amo pão artesanal..foi uma safa me aperfeiçoar e está sendo impossível parar rs rs é viciante..rs
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